
Rose d'été
Em 1988, Les Parfums de Rosine lançou Rose d'été, procurando recriar o tema do verão em um perfume de rosas amarelas. O perfumista François Robert foi extremamente bem-sucedido ao unir frescor e luminosidade a mais uma criação dessa marca mítica.

Rosas amarelas são geralmente associadas a alegria e amizade. E é justamente esse o espírito captado em Rose d'éte - felicidade, leveza, simpatia e liberdade.
As rosas unem-se harmoniosamente à maçã, resultando em uma nota doce, que faz-me pensar no odor de um melão maduro. Porém, graças à bergamota, Rose d'été foge da doçura extrema de um floral-frutal comum. A tília e a mimosa impõem a suavidade, e a flor-de-lotus contribui com um certo caráter aquoso. A junção do ambrete com o almíscar dá a profundidade ao conjunto, fechando a sinfonia.
A grande qualidade da fragrância é a não estereotipação da flor. Fragrâncias de rosas são ligadas a romantismo, e um certo saudosimo, o que não é o caso aqui. Rose d'éte brinca com uma faceta radiosa e borbulhante, traduzindo juventude e alegria. Perfeitamente adequada a uma garden party ou a um casamento matinal, seu aroma lembra-me um imenso céu azul sobre um jardim aberto. A imagem perfeita de um belo dia de verão.
Ilustração à direita - "Le Déjeuner des Canotiers", de Auguste Renoir (1880-81)

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