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4 de junho de 2009

The Madonna of the Almonds


The Madonna of the Almonds


The Madonna of the Almonds é o novo livro de Marina Fiorato, jovem autora de origem Veneziana, nascida em Manchester. Marina que conheceu grande sucesso com o best-seller "The Glassblower of Murano", retorna ao tema da Renascença Italiana, dessa vez narrando o amor entre o pintor da escola lombarda Bernardino Luini e a nobre Simonetta di Saronno.

The Madonna of the Almonds é também um perfume, o mais recente lançamento de Floris of London, confeccionado em edição limitada em homenagem ao livro homônimo.

O Livro - Toscana, século XVI - A jovem e bela Simonetta acaba de perder seu amado marido Lorenzo em uma das batalhas feudais entre os estados Italianos. Descobrindo que Lorenzo não havia deixado muito dinheiro, Simonetta resolve explorar uma amendoeira em sua propriedade. Precisando de capital para o lançamento de seu negócio, Simonetta concorda em posar como modelo para um artista de nome Bernardino, pupilo de Leonardo da Vinci, que tem como projeto a pintura de murais na igreja. Bernardino, um sedutor cínico, surpreende-se ao apaixonar-se pouco a pouco por Simonetta. Durante um beijo trocado, ambos são flagrados pelo ajudante de Lorenzo, que fiel ao seu falecido mestre, denuncia-os a igreja. Bernardino deve fugir, e Simonetta retira-se em reclusão em sua casa. Durante esse período de tristeza e solidão, Simonetta cria um licor de amêndoas que viria a restituir a sua fortuna. O licor em questão nada mais é do que o famoso Amaretto.

O Perfume - The Madonna of the Almonds evoca a Italia em sua abertura de notas de limão e bergamota. O coração da fragrância é composto de amêndoas e jasmim, em fundo de baunilha, notas frutais, especiarias, incenso, sândalo e almíscar (notas oficiais divulgadas por Floris). Tendo o licor Amaretto como tema, o novo lançamento de Floris of London promete reunir o caráter voluptuoso da bebida com o bucolismo da paisagem medieval italiana.


Bernardino Luini, ou Bernardino de Scapis, realmente existiu, tendo nascido em 1481, em Runo, e falecido em 1532. Entre seus trabalhos, podemos citar a Adoração dos Magos (exposta no Louvre), e os afrescos da Madonna, em Saronno. A parte suas obras, cujo estilo evoca o mestre Da Vinci, não muito é conhecido sobre sua vida particular, o que permitiu a Marina Fiorato desenvolver a trama associando a imagem de Bernardino a lenda do Amaretto.

Uma estória de amor e arte, beleza e guerra que pode ser lida, e imaginada, ao exalarmos os eflúvios de seu próprio perfume. O que poderia ser mais poético?



Ilustrações ~ ao alto - capa do livro "The Madonna of the Almonds", de Marina Fiorato
~ à direita - La vierge à l’enfant (Madone de la roseraie), de Bernadino Luini (1508/1509)
~ à esquerda - "The Madonna of the Almonds", eau de parfum de Floris of London




9 de abril de 2009

Malmaison


Malmaison


Usada pelos mais elegantes gentlemen no final do século XIX, quando era considerada a perfeita fragrância para o dia, Malmaison marcou uma época.

Entre os senhores apreciadores da fragrância, constava ninguém menos que Oscar Wilde (16/10/1854 – 30/11/1900), um dos mais bem-sucedidos e talentosos escritores da era Vitoriana, e figura remarcável da sociedade de então. O dandy Wilde era conhecido por seu gosto impecável, e seu senso estético aguçado. Obviamente, eu fiquei intrigada e apressei-me em descobrir a fragrância preferida de tal personalidade. Poderia dizer que assim começou meu amor por Floris, há vários anos passados.

Esse lançamento de 1860 é ainda hoje considerado a referência número um em matéria de cravos, que aqui são as grandes estrelas. Abrindo com um toque de limão, e imediatamente aquecida pelo aroma da canela e do cravo-da-índia, a flor faz uma entrada triunfal, sendo logo acompanhada pela rosa e o ylang-ylang, numa base de cedro, almíscar, patchuli e baunilha.

O estilo de Floris of London é conhecido pelo caráter relativamente simples de suas criações, que associam perfeitamente naturalidade e refinamento. Malmaison não é exceção, e poderia ser resumidamente descrita como uma fragrância de cravos temperada por especiarias. O aroma de fundo permaneceu por mais e 6 horas na minha pele, continuando perto do campo olfativo.

Dizem que o hotel Savoy, localizado em Strand, no centro de Londres, e inaugurado em 1889, usava a linha Malmaison como oferecimento aos hóspedes. Toda a mítica desse endereço que hospedou personagens como Claude Monet, Sarah Bernhardt, Elizabeth Taylor, Richard Burton, Frank Sinatra, Laurence Olivier e Vivien Leigh, somente para citar alguns, imprime uma aura de glamour a fragrância do escritor que costumava dizer que a vida é muito curta para ser levada a sério.*


"Being natural is simply a pose
"
Oscar Wilde


*Citação de Oscar Wilde - "Life is too short for men to take it seriously."

Ilustrações ~ à direita - Oscar Wilde
~ à esquerda - "New Year's Eve at the Savoy Restaurant in the Savoy Hotel" - gravura do The Illustrated London News, feita por Max Cowper e publicada em 5 de Janeiro de 1907




Floris of London



Floris of London


O fundador de Floris of London, Juan Famenias Floris, nativo da ilha de Menorca, mudou-se para Londres com o sonho de construir uma vida melhor.

Em 1730, Juan instalou-se na elegante Jermyn Street, em St.James. Começando como barbeiro, o jovem Floris contava com um grande atributo - o tempo de preparação e estudo em Montpellier, que era vista juntamente com Grasse, como a capital mundial da perfumaria.

Aproveitando os ensinamentos recebidos, Juan começou a preparar formulações e dedicar-se às fragrâncias, que começaram a fazer enorme sucesso. O que iniciou-se com uma pequena seleção, chegou a atingir o número de mais de cem tipos de fragrâncias comercializadas.

Bem-sucedido na profissão, Juan também conheceu a felicidade no amor, casando-se com a jovem Elizabeth Hodgkiss, e tendo sete filhos.

A primeira condecoração ocorreu em 1820, sendo concedida pelo rei George IV (1762-1830). Hoje o emblema desta primeira autorização real pode ser visto na loja do número 89, na Jermyn Street. A rua era o epicentro da classe e sofisticação da época, sendo endereço de diversas pessoas influentes, como o Duque de Marlborough, Sir Thomas Lawrence, entre outros.

Nos séculos XVIII e XIX, as personalidades mais badaladas da corte inglesa, bem como vários personagens de cortes européias eram clientes de Floris.

Os produtos da marca podem ser encontrados em variados pontos de venda. Os endereços da loja principal e de certos revendedores na Grã-Bretanha, Estados Unidos e Austrália podem ser verificados aqui. O local do laboratório passou de Sussex, nos anos 70, a Tiverton, em Devon, nos anos 90.

Floris of London, é sinônimo de qualidade, e algumas de suas fragrâncias primam pelo valor histórico, unindo beleza e tradição.


Ilustrações ~ ao alto - logo de Floris of London
~ à direita - Juan Famenias Floris
~ à esquerda - A loja da Jermyn Street, n° 89 (foto tirada em 1800)




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