
Muguet du Bonheur
Em 1904, Ernest Daltroff abriu sua boutique no n° 10 da rue de la Paix, em Paris. No mesmo prédio habitava uma jovem modista, Félicie Wanpouille (Félice Eugenie Amelie Wan

Em 1906, Félicie tornou-se parte da empresa Caron, colaborando com o design de frascos e embalagens, e trabalhando como diretora artística.
Em 1952, Felice Wanpouille, então Madame Bergaud, desejou que fosse elaborado um perfume, tendo como tema o muguet (lírio-do-vale). Os desejos de Félice eram ordens e, em menos de um mês, nasceu Muguet du Bonheur, pelas mãos hábeis de Michel Morsetti.
Muguet du Bonheur (Lírio da Felicidade) lembra em muitos aspectos Diorissimo, lançado por Dior, em 1956. Ambos têm o lírio-do-vale como estrela principal, porém, enquanto Diorissimo possui uma abertura mais verde e herbácea, Muguet du Bonheur é mais encorpado. Como no caso de Diorissimo, a co-estrela é o lilás, que contribui com uma aura leve e poética.

A magnólia parece unir-se ao duo lírio-do-vale e lilás, que é sobreposto a um fundo de almíscar. Um certo aroma de sabonete floral é sentido, e creio que o mesmo é devido a junção da heliotropina (de origem sintética) ao almíscar e demais componentes.
Muguet du Bonheur é uma fragrância adaptável às mais diversas ocasiões, podendo ser facilmente usada pelo público mais jovem. Eu poderia definí-lo como o irmão bon vivant de Diorissimo. Apesar de mais velho, Muguet du Bonheur é mais descontraído e menos sofisticado, sendo, portanto, mais acessível.
Félicie Wanpouille conseguiu realizar seu desejo, oferecendo a fragrância perfeita para a comemoração do dia 1° de Maio - Dia do Trabalhador, mas também festa do muguet, símbolo de sorte e eterna flor dos apaixonados.
Ilustrações ~ à direita - Muguet du Bonheur - imagem de publicidade vintage
~ à esquerda - Muguet/Lilly of the Valley

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