26 de maio de 2009

Cheiro de Bebê


Cheiro de bebê



Não é segredo que eu sou uma grande fã dos aromas suaves, que evocam inocência e limpeza. Creio que todo utilizador habitual de perfumes precisa de um momento de pausa das fragrâncias habituais, ou tem dias em que algo descomplicado é simplesmente ideal. Quando isso acontece, eu recorro a dois naipes: os perfumes que classifico como "just out of the shower" (tema de um próximo artigo) - fragrâncias que evocam frescor, o odor do sabonete e o exato momento em que saímos do banho, ou os "cheirinhos de bebê", que lembram a simplicidade e pureza das primeiras colônias ou artigos de higiene infantis.

O aroma que muitos definem como "cheirinho de bebê" está presente em nossos subconscientes desde 1890, quando Johnson & Johnson lançou seu icônico talco. Na época, antes do advento das fraldas descartáveis, o talco Johnson's era a única maneira de manter os bebês secos e confortáveis, diz o diretor de produção global da marca, Fred Tewell. Tais sensações foram associadas ao odor do produto, que imprimiu-se na psiché americana.

Os odores de talcos e loções infantis têm a capacidade de despertar sentimentos de familiaridade e reconforto. Momentos de ternura podem ser relembrados pelo simples uso de uma fragrância que capture a singeleza dos primeiros carinhos.



Os Mais Verdadeiros



- Demeter Baby Powder - Demeter é uma marca famosa por reproduzir fielmente os mais diversos temas aromáticos, e a sua versão de talco para bebês é uma das mais perfeitas que pude sentir. As palavras "baby powder" são escritas com o mesmo tipo de letra e cores do logo da loção para bebês de Johnson's.



- Natura Mamãe e Bebê - A linha Mamãe e Bebê tem mais de quinze anos de existência, e foi criada com o objetivo de reforçar o vínculo entre a mãe e o recém-nascido. A colônia Mamãe e Bebê é, na minha opinião, uma das melhores e mais bem-sucedidas interpretações da idealização do aroma de um bebê.


- Bulgari Petits et Mamans - A marca italiana Bulgari, tal e qual a brasileira Natura propõe a mesma ideologia do vínculo entre mãe e filho através de uma fragrância única. Um toque de camomila e uma nota de mandarina integram-se com maestria ao fundo atalcado. Disponível em eau-de-toilette (com álcool) e eau de senteur (sem álcool).




Versões Adultas



- Talco Delicato, de I Profumi di Firenze - O mais cítrico dos aromas de talco para bebês - é como defino a maravilhosa criação da marca florentina I Profumi di Firenze. Em versão eau-de-parfum e "profumo senza alcool" (sem álcool).


- Teint de Neige, de Lorenzo Villoresi - A mais deliciosa e elegante mistura de talco de bebês e rosas.



- Iris, de L'Erbolario - Excelente alternativa de substituição para o mais caro Teint de Neige. Aroma extremamente similar e poder de fixação divino.





Bebê à Européia




As criações para bebês de certos países europeus parecem fugir a mítica associação de talco e loção Johnson's. Geralmente apostando nos agrumes e na flor de laranjeira, essas declinações são diferentes do nosso conhecido estereótipo, porém não menos atraentes.

- Eau de Bonpoint, de Annick Goutal - Agrumes, flor de laranjeira e petit-grain compõem a criação da maison Goutal, que também é a assinatura olfativa da boutique infantil francesa Bonpoint. Disponível em eau-de-toilette (com álcool) e eau de senteur (sem álcool).


- Petit Ange, de Parfums de Nicolaï - A mandarina é a estrela principal dessa eau de senteur, suavizada pelos acordes florais do lilás e uma leve nota de beijoim. Tudo com o toque de mestre de Patricia de Nicolaï, neta e digna herdeira de Pierre Guerlain.


- Petit Guerlain - Mandarina, laranja e lavanda envolvem a mimosa, a rosa e o jasmim em um fundo de imperceptíveis notas de tonka e baunilha. Uma criação de Olivia Giacobetti para a maison Guerlain, considerada como perfeita iniciação ao universo da marca.




Ilustrações - ao alto - To you and your baby - cartão vintage
Os Mais Verdadeiros ~ primeira à esquerda - Demeter Baby Powder
~ à direita - Natura Mamãe e Bebê colônia
~ segunda à esquerda - Bulgari Petits et Mamans
Versões Adultas ~ primeira à esquerda - Talco Delicato, de I Profumi di Firenze
~ à direita - Teint de Neige, de Lorenzo Villorezi
~ segunda à esquerda - L'Erbolario Iris
Bebê à Européia ~ primeira à esquerda - Eau de Bonpoint, de Annick Goutal
~ à direita - Petit Ange, de Parfums de Nicolaï

~ segunda à esquerda - Petit Guerlain, de Guerlain



18 de maio de 2009

Kenzo Power



Kenzo Power


Neste fim-de-semana, eu finalmente tive a oportunidade de testar o último lançamento masculino de Kenzo. No meio de algumas amostras recebidas após uma compra em perfumaria, lá estava Kenzo Power. Um pouco céptica a princípio, apliquei a fragrância na pele, e devo testemunhar aqui a agradável surpresa.

Kenzo Power é uma criação de Olivier Polge, perfumista responsável por Dior Homme, e segue a linha de masculinidade abordável resgatada por lançamentos como o próprio Dior Homme e o belo Infusion d'Homme, de Daniela Andrier para Prada. Nada de couros, notas amadeiradas extremamente pronunciadas, violência ou drama olfativo, como o nome poderia sugerir. Kenzo Power é um "floral masculino", elegante e tranquilo.

A bergamota é a primeira a chegar temperada por pequenas doses de cardamomo e o coentro. O lótus apresenta-se logo após , impondo uma certa suavidade ao conjunto, que acredito ser reforçado pela presença da mimosa. O jasmim e a freesia entram na partida acentuando o caráter floral, que é dosado por um fundo de bálsamo de tolu, cedro e labdanum. O resultado final lembrou-me uma mistura de Summer by Kenzo e CKBe, um cruzamento entre o toque atalcado e reconfortante e o frescor unissex.

O frasco foi elaborado por um dos maiores designers japoneses, Kenya Hara, diretor artístico de Muji - companhia dedicada a venda de artigos domésticos, e conhecida por seu estilo minimalista. Lembrando as origens nipônicas de Kenzo, o frasco reproduz um vidro de sake.

Após quase três décadas de exacerbação de uma virilidade persistente e invasiva, a afirmação de uma faceta pouco explorada na perfumaria é mais do que revigorante. Kenzo Power joga com o aspecto sensível e intimista, e essa abordagem de masculinidade agrada-me bastante. O conceito de virilidade afirmada, porém não agressiva, condiz com uma nova percepção do homem moderno.

Anaïs Nin disse em "In Favor of the Sensitive Man", que as mulheres parecem não ter feito a separação entre amor e sensualidade como o sexo masculino*. Posso dizer que é satisfatório ver a tentativa de junção entre sentimento e sensualidade traduzido em uma fragrância destinada ao "sexo forte". Mademoiselle Nin ficaria contente!



* Citação - "From my personal observation, I would say that woman has not made the separation between love and sensuality which man has made" - Anaïs Nin

Ilustrações ~à direita - Elizabeth vê Mr. Bingley e Jane juntos. Em Pride & Prejudice, de Jane Austen, Mr. Bingley representa o homem sensível por natureza - fonte: pemberley.com
~ à esquerda - capa de "In Favor of the Sensitive Man and other essays", de Anaïs Nin




11 de maio de 2009

Ana Maria Bahiana


Bate-papo com Ana Maria Bahiana


Ana Maria Bahiana é uma escritora e jornalista especializada na área cultural, com mais de trinta anos de carreira.

Desde o início de seu percurso profissional, como secretária da redação da primeira edição nacional da revista Rolling Stone, passando pela participação nos principais jornais brasileiros, até a remarcável atuação na imprensa internacional, Ana Maria sempre mostrou um enorme talento.

Suas contribuições, tanto na TV como no cinema, foram marcadas por sensibilidade e dedicação. Na TV, foi correspondente internacional em Los Angeles do canal Telecine, da Globosat, e da Rede Globo. No cinema, foi responsável pela produção, roteiro e argumento do longa-metragem “1972”, dirigido por José Emílio Rondeau.

Ana Maria é também a única brasileira membro da Associação de Correspondentes Estrangeiros de Hollywood, responsável pela premiação anual dos Globos de Ouro.

E é com imensa alegria que recebemos aqui no Perfumes & Etc, Ana Maria Bahiana!

Perfumes & Etc - Ana Maria, qual é a sua relação com os perfumes?
Ana Maria Bahiana - Muito intensa. Cheiros são extremamente importantes para mim, são bilhetes amorosos para memórias, emoções, sentimentos.

Perfumes & Etc - Quais as fragrâncias que fizeram história, ou seja, que marcaram momentos de sua vida?
Ana Maria Bahiana - Meu primeiro perfume "de mocinha" foi Je Reviens, da Worth. Hoje, é claro, não suporto.... Depois caí no óleo de sândalo e na colonia Rastro. Tinha uma colonia argentina, Gelatto, que marcou o ano mais feliz da minha vida, 1978, quando estava totalmente apaixonada e gravida do meu filho. Ô, da Lancôme e Calyx, da Prescriptives. marcaram dois períodos muito felizes e repletos de realizações. Tem um perfume da Guerlain, feito exclusivamente para o centenário da casa, que tenho até receio de usar, de tão lindo, repleto de significado - me lembra festa, champanhe, minha mãe jovem , bonita e feliz num vestido de noite, saindo para alguma celebração.

Perfumes & Etc - Quais são os seus perfumes prediletos, no momento?
Ana Maria Bahiana - Estou entre perfumes. Sou muito enjoada para escolher, e vivo ficando viúva de perfumes que adoro e são tirados de linha, como o maravilhoso Luce, da Creative Universe. Minha pele é muito ácida, e não tolera perfumes nem muito florais nem muito cítricos. Quando acho um que minha pele não distorce e que me dá uma onda boa, sou de uma fidelidade felina... até que minha vida mude e peça outro acompanhamento... ou o perfume saia de linha. Em geral tenho um perfume "de dia" e um "de festa". O meu "de dia" agora é baunilha, que sempre dá certo comigo - Vanille da Comptoir Sud Pacifique, Sugar da Fresh ou Vanilla Lace da Victoria's Secret. Para variar, Breu Branco da Natura, que me levanta a energia, ou Banho de Cheiro Águas do Brasil, quando estou sob o domínio de Vênus... Sempre amei Chanel e vou e volto para o numero 5, com passagens pelo Cristalle, Coco, e, agora, Chance. Mas ainda não achei meu novo "perfume de festa"....

Perfumes & Etc - Como você poderia definir uma pessoa bem perfumada?
Ana Maria Bahiana - Como uma linda canção, impalpável mas presente, criadora de memórias.

Perfumes & Etc - Para finalizar, como você vê o circuito nacional de perfumaria?
Ana Maria Bahiana - Gosto muito do que marcas como Natura e Chamma fazem com as ervas, flores e raízes do Brasil, recuperando nossas tradições de banho de cheiro de um modo contemporâneo, moderno.


Ilustração ao alto - Ana Maria Baiana. Ilustração utilizada com a permissão de Ana Maria Bahiana. Reprodução proibida.


7 de maio de 2009

Trouble



Trouble

Autor: Leo Hegg


Trouble foi introduzido em 2004 por Boucheron, uma joalheira francesa de alto luxo, que há mais de 150 anos vem encantando a todos com suas exuberantes criações reproduzindo flores, pássaros e outros animais, característica mantida até hoje em suas coleções.

Em 1988, Boucheron expandiu o seu domínio às fragrâncias, todas com frascos inspirados pelas jóias da marca. Assim vieram Boucheron (1988), lembrando um anel e Boucheron Pour Homme (1991), cujo tema foi a forma retangular dos relógios masculinos. Jaipur (1994) inovou com seu formato de bracelete, e a edição Saphir (1999) rendeu homenagem a safira azul de Kashemir. Por fim, Inital (2000), fazendo apelo às pérolas e Trouble, dedicado ao rubi e as jóias em forma de serpente da maison, além dos lançamentos subseqüentes.

Limão, jasmim das Arábias (sambac), dedaleira (digitalis purpurea), âmbar, cedro azul e baunilha - Dessa composição relativamente simples surgiu um dos perfumes mais bem construídos dos últimos tempos, na minha opinião. Seu frasco evoca a pura sensualidade, em tom vermelho intenso. A tampa em forma de serpente alerta, aí está o verdadeiro elixir da sedução.

O frasco fala pela fragrância antes que a borrifemos. O estilo Art Déco e a cor quente antecipam um perfume de contrastes, mas também de uma profunda simplicidade, característica da escola de artes. A tampa (que, dependendo da edição, é composta por duas serpentes mordendo uma imitação de esmeralda, ou a mesma pedra decorando os olhos de uma única serpente) é a prova máxima da perícia da joalheria, e tal qual um adorno, previne-nos que ali encontra-se algo precioso, único e absolutamente sexy.

E o jus condiz com tudo isso? Ao borrifar Trouble, a primeira coisa que percebemos é o jasmim sambac envolto por um toque seco e amargo de limão, formando um arranjo extremamente energético, e preparando-nos para o festival de sensualidade que virá a seguir. As notas cítricas perdem a forca, permanecendo distantes a permear a fragrância, ora em ondas de calor intenso, ora tímidas. O jasmim reina então como nota central, a partir da qual o perfume é construído. Inebriante e perturbadora com seu cheiro pungente e carnal, a flor deixa uma sillage envolvente.

O fundo é o palco aonde Trouble encena suas artes, a cama, destino final dos amantes. Aqui o âmbar, o cedro azul e um aveludado e discreto toque de baunilha, envolvem o jasmim tal qual um tecido de cachemire envolve a pele.

Inegavelmente simples, mas nem por isso menos intoxicante e perigoso, Trouble é capaz de deixar lembranças eternamente gravadas na memória de quem deixar-se envolver por seu aroma único e sedutor. Usufrua com moderação.


Ilustrações ~ à direita - The Nude Snake Charmer, de Paul Trouillebert (1829-1900) - pintor da escola de Barbizon (école de Barbizon)
~ à esquerda - vista da boutique Boucheron - Place Vendôme, Paris, França



6 de maio de 2009

Fleurs de Bois

Fleurs de Bois


Fleurs de Bois é o mais novo lançamento de Miller Harris, que foi inspirado pelas caminhadas periódicas da criadora, Lyn Harris, no Regent's Park, em Londres. A idéia foi criar uma fragrância que celebrasse a primavera inglesa, associando o aspecto herbáceo e verde às flores e um toque amadeirado, que completa o quadro bucólico.

A abertura é marcada pela simbiose entre notas de limão e grama verde. Em poucos minutos, a tangerina entra, seguida quase imediatamente pelo vetiver. O jasmim, a rosa e a íris aparecem em pouco tempo, impondo uma certa suavidade e amenizando a abertura herbácea. O alecrim e as folhas de vidoeiro dão uma certa aura de bosque encantado, que é reforçada pela base de sândalo, patchuli e oakmoss.

Fleurs de Bois realmente lembra-me um passeio pelo parque. Grama, folhas, flores e madeira - tudo serve para compor o cenário de um dia despreocupado de primavera em um jardim inglês. Achei cada etapa de evolução extremamente interessante, formando uma fragrância que une descontração a um toque de elegância British.

Fleurs de Bois é uma eau-de-parfum leve e extremamente versátil, sendo indicada para as mais diversas ocasiões e climas. Apesar da abertura verde e fresca torná-la ideal para os dias mais quentes, as notas amadeiradas ao fundo dão uma sensação de aconchego, o que faz da nova criação de Miss Harris uma escolha perfeita para os primeiros dias de outono no Hemisfério Sul. O efeito sillage é moderado e o poder de fixação foi satisfatório na minha pele, permanecendo por 5 horas.

Para os adeptos das misturas de fragrâncias, Lyn Harris sugere a combinação entre Fleurs de Bois e o óleo Sage Dalmatian, a fim de contrabalançar o caráter amadeirado, bem como os produtos para o corpo da linha Terre de Bois, em especial a loção corporal.

Elizabeth Bowen disse em seu ensaio "London - 1940" que sempre colocou Regent's Park entre os cenários mais civilizados do planeta*. Um belo apelo ao uso do que, ao meu ver, é a representação olfativa do local.



*Citação - "I had always placed this park among the most civilized scenes on earth" - Elizabeth Bowen

Ilustrações ~ à direita - Regent's Park - pintura de Camille Pissarro (1892)
~ à esquerda - Queen Mary's rose garden, Regent's Park - Beatrice Emma Parsons





4 de maio de 2009

Infusion de Fleur d'Oranger


Infusion de Fleur d'Oranger


Infusion de Fleur d'Oranger é a primeira eau-de-parfum da "Ephemeral Infusion Collection" - uma família de composições em edição limitada, lançada pela maison Prada.

Infusion d'Iris e Infusion d'Homme são duas fragrâncias que tenho usado constantemente, de forma que estava mais do que curiosa em testar Infusion de Fleur d'Oranger, desenvolvida pelo mesmo nez criador dos dois precedentes, Daniela Andrier.

Apesar de ter em conta que eu não sou uma ardente admiradora de flores-de-laranjeira, além de não estar entusiasmada pela idéia de vir a apaixonar-me por um perfume que tem seu tempo de vida cronometrado, lá fui eu testar o lançamento de Prada para o período de primavera-verão 2009, no Hemisfério Norte.

Composta por apenas um trio de notas, Infusion de Fleur d'Oranger surpreendeu-me, parecendo muito mais elaborada. A abertura é flor-de-laranjeira em estado bruto, a qual acrescenta-se um toque cítrico minutos depois, que poderia jurar ser mandarina. O jasmim chega pouco mais tarde, acompanhado pela tuberosa, que aqui perde sua voluptuosidade e exuberância, adequando-se ao caráter suave da estrela principal, a flor-de-laranjeira. Após um desenvolvimento de 10 minutos, a fragrância torna-se linear, não havendo maiores alterações olfativas.

Eu já ouvi diversos comentários relacionando Infusion de Fleur d'Oranger a um poder de fixação medíocre, porém essa não foi a minha experiência. A fragrância desenvolveu-se bem na minha pele, permanecendo por 4 horas, o que considero razoável, mas nada excepcional, visto que falamos de uma eau-de-parfum.

Como disse anteriormente, eu não sou uma aficionada por flores-de-laranjeira, de forma que secretamente ansiava por uma interpretação alterada da flor. Ponto positivo para Infusion de Fleur d'Oranger nesse quesito. Caso esteja procurando por uma versão mais verdadeira da flor-de-laranjeira, essa definitivamente não é a fragrância que indicaria. Entretanto, não posso negar que senti-me atraída pela leveza e suavidade de Infusion de Fleur d'Oranger, que imprime uma certa aura de limpeza e um aroma final que em inglês definimos de "soapy" (assabonetado). Também gostei de ver a tuberosa, flor poderosa, curvar-se a singeleza da flor-de-laranjeira e do jasmim. Enfim, apreciei Infusion de Fleur d'Oranger, mas não a ponto de apressadamente adquirir um frasco, ou desfazer-me em prantos quando a fragrância for descontinuada.


Infusion de Fleur d'Oranger é declinada em eau-de-parfum 50, 100 e 200ml, gel para ducha e loção corporal



Ilustrações ~ ao alto - Infusion de Fleur d'Oranger eau-de-parfum
~ à direita - cover de "When it's Orange Blossom Time in Loveland", canção de Arthur Lange, interpretada por Jeff Branen (1915) - publicada por Joe Morris Music Co.
~ à esquerda - Orange Blossom (Citrus sinensis Osbeck), pintura de Mary E. Eaton




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