
Stella
Autores: Gaëlle Morel e Leo Hegg
Stella McCartney faz parte da geração de estilistas britânicos que explodiram em meados dos anos 90. Tal e qual seus contemporâneos John Galliano, Matthew Williamson e

Digna filha do ex-Beattle, Sir Paul Mc Cartney e de sua primeira esposa, a fotógrafa e ativista americana Linda McCartney (nascida Eastman), Stella segue a mesma ideologia de respeito à natureza e proteção aos animais, adotada por seus pais. Como Linda McCartney, Stella é vegetariana e ativista do PETA (People for the Ethical Treatment of Animals), recusando-se a usar peles e couros naturais em suas coleções. E foi em homenagem a Linda, falecida aos 56 anos em 17 de abril de 1998, que Stella criou seu primeiro perfume, lançado em Setembro de 2003.

Linda McCartney adorava rosas inglesas, e costumava sempre manter um vaso de flores frescas em sua mesa. "Esse foi o aroma com o qual cresci"*, declarou Stella, que procurou recriar a beleza e fragilidade do exato momento de vida das rosas antes que suas pétalas tombem.* O perfumista Jacques Cavallier assegurou-se que tal desejo fosse satisfeito, desenvolvendo uma fragrância menos complexa que suas criações precedentes.
Uma abertura discreta de peônia e mandarina é seguida pela grande estrela da composição, a rosa. A fusão entre a peônia, a essência de rosas e a mandarina proporciona uma sensação de frescor e suavidade, que é sucedido pelo absoluto de rosas, impondo uma certa profundidade ao conjunto. O âmbar ao fundo contribui

Stella eau-de-parfum vem em um frasco de inspiração retrô, cujo design de facetas lapidadas e a coloração em dégradé de ameixa parecem evocar os anos 30, quando as embalagens tendiam a ser mais conservadoras e menos elaboradas, respeitando o clima pós-crash de 1929. O efeito sillage (rastro de perfume que paira no ar) é mínimo, o que quer dizer que a fragrância fica próxima do corpo. O poder de fixação foi satisfatório, e a permanência diferiu na pele dos autores (Gaëlle: 5 horas, Leo: mais de 20 horas).
Stella é um perfume perfeitamente condizente com as criações de Stella McCartney, unindo sutilidade e elegância, sem trair as origens britânicas da estilista. Também é uma bela declaração de amor a Linda, que costumava dizer que a simplicidade é a resposta.* Definitivamente, Stella McCartney teve a quem puxar.
Canção: Silly Love Songs - Paul Mc Cartney & Wings (1976) - participação de Linda McCartney
(clique na seta para ouvir)
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Citações - *"It's just the smell I grew up with." - Stella McCartney
- *"I wanted to capture that beauty and fragility. That moment of perfection." - Stella McCartney
*"I don't need a lot of money. Simplicity is the answer for me." - Linda McCartney
Ilustrações ~ primeira à direita - English Rose - vintage poster
~ à esquerda - foto Linda McCartney - Paul, Stella and James - Scotland, 1982 - James Hyman Gallery
~ segunda à direita - Linda e Stella fotografadas no início dos anos 70
- *"I wanted to capture that beauty and fragility. That moment of perfection." - Stella McCartney
*"I don't need a lot of money. Simplicity is the answer for me." - Linda McCartney
Ilustrações ~ primeira à direita - English Rose - vintage poster
~ à esquerda - foto Linda McCartney - Paul, Stella and James - Scotland, 1982 - James Hyman Gallery
~ segunda à direita - Linda e Stella fotografadas no início dos anos 70
2 comentários:
Oi Gaelle. Muito bem descrito! É exatamente o percebido neste perfume. Aroma discreto, próximo a pele, centrado nas rosas. Um floral elegante com uma sensualidade sutil.
Uma boa pedida para um fim de tarde, ambientes fechados. beijocas flor . Betty
Oi Betty!
Finalmente, voltei do período louco. Férias - Nem acredito! rsrsrs
Concordo que Stella é um perfume perfeito para ambientes fechados, e acho elegante a união entre o âmbar e o absoluto de rosas. Stella McCartney acertou em cheio, com uma fragrância em perfeita sintonia com o espírito de suas coleções. Também achei tocante a homenagem a Linda McCartney.
Mil beijinhos, minha minda!
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